Existe
mulher que, não importa a sexualidade, veio ao mundo pra dar! Eu não, não gosto
só de dar – vim ao mundo pra comer também! Vim comer e lamber os dedos, porque
não quero passar despercebida. E o mundo é grande demais para eu só me entregar
aos poucos. Preciso levar um pouco do mundo comigo, tenho sede e fome eternos e
insaciáveis.
E eu
espero, doutor, que o senhor saiba tanto de mim a ponto de me confundir.
Eu vou
atrás das perguntas com medo de descobrir as respostas e me conformar e parar
de procurar.
Eu gosto
de procurar.
Se um dia
me perguntarem qual momento eu mais gosto em mim, com toda clareza responderei
que é quando eu deito pra ler. Cansada. E quando começo a adormecer, tiro meus
óculos, fecho meu livro e os ponho de lado. Eu pareço inteligente assim e gosto
de encarar personagens... Essa é uma cena tão cinematográfica, não acha?!
Então,
doutor, quantas e quais drogas eu preciso pra ficar sã!?
Dezembro
2012
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